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Autoridades tradicionais denunciam ameaça de demolições de mais de 300 casas na Lunda Norte


Mais de três centenas de famílias podem ficar ao relento sem alternativa fonrecida pelo governo

Mais de 300 famílias em Muxinda, na província angolana da Lunda Norte podem ver as suas casas demolidas.

Demolições para se alargar estrada na Lunda Norte - 2:39
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As autoridades tradicionais locais, no entanto, dizem não opor-se a esta acção de melhoria das vias, mas questionam a falta de alternativas.

O soberano Mwanangana Kapenda Kamulemba disse à VOA que a acção enquadra-se no alargamento da estrada n.100, entre Lunda Norte e Luanda, mas o que denuncia aforma desumana como as demolições vão decorrer.

As autoridades governamentais locais fogem ao contacto com os lideres comunitários, segundo osMwananganas, para a mediação de negociações entre as comunidades afectadas e o representante do Governo.

“A ideia é que ninguém fique prejudicado neste processo, tal como tem sido prática noutras partes de Angola, o que infelizmente não está a acontecer, diz Mwakapenda.

Quem também não se conforma com a simples entrega de meia dúzias de chapas de zinco, aos visados, propostas pelas autoridades governamentais, é o presidente do Movimento Protectorado Lunda Tchokwe, José Zecamutchima.

“O Governo angolano, antes de demolir, tem que oferecer garantias de acomodação destas 300 famílias que ficarão sem tecto e numa altura em que nas Lundas faz-se intenso”, frisou Zecamutchima.

A VOA procurou ouvir o governador da Lunda Norte, Ernesto Mwangala, mas sem sucesso.

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