A província de Tete, centro de Moçambique, face a um fluxo de imigrantes ilegais sem precedentes, reforçou a vigilância nos postos de controlo fronteiriço para evitar a situação de terrorismo que se vive em Cabo Delgado.
O porta-voz do Comando Provincial da Polícia de Moçambique em Tete, Feliciano da Câmara, diz que tudo está a ser feito para impedir que os insurgentes ligados ao Estado Islâmico alastrem os seus ataques armados àquela província, realçando que " esta é a maior preocupação que as forças policiais têm neste momento".
Feliciano da Câmara disse que foi reforçada a vigilância nos postos de controlo, ao mesmo tempo que se faz "a sensibilização das pessoas residentes em zonas fronteiriças sobre a necessidade de denunciarem a movimentação de pessoas estranhas, para impedir situações de insegurança como a que se regista em Cabo Delgado".
Ele assumiu que a imigração clandestina em Tete é muito preocupante e é facilitada por cidadãos moçambicanos corruptos.
Referiu que este ano já foram identificados pelo menos dez cidadãos "que se aliaram à rede de facilitação da imigração clandestina".
Mesmo assim, Feliciano da Câmara disse que este ano, o número de pessoas que entraram ilegalmente em Tete, diminuiu face a 2020. Nos primeiros seis meses de 2021, foram neutralizados 4.566 violadores de fronteira, contra 5.883 em igual período do ano passado.
Na vizinha província do Niassa, a polícia também reforçou a vigilância e diz ser fundamental a colaboração da comunidade na prevenção e luta contra o terrorismo, disse Alves Mate, chefe das Relações Públicas no Comando Provincial.