O Comandante-Geral da Policia da República de Moçambique (PRM) diz haver condições de segurança para a reabertura da fronteira entre Moçambique e a Tanzânia, encerrada há cerca de cinco anos, devido a ataques da insurgência à província de Cabo Delgado.
Bernardino Rafael avançou que o posto fronteiriço de Namoto, no distrito de Palma, um dos mais afectados pelas acções jihadistas, poderá ser reaberto em breve, mercê da melhoria das condições de segurança, na seqüência das operações desencadeadas pelas tropas de Moçambique, da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Ruanda.
Bernardino Rafael anotou que ‘’há condições para a população atravessar a fronteira para tratamento medica e fazer negócios, faltando aquilo que são as formalidades político-diplomaticas, mas em termos de segurança, as condições estão garantidas’’.
Contudo, o comandante-geral advertiu que as autoridades não vão tolerar a corrupção e o mau atendimento das pessoas que pretenderem atravessar a fronteira, por parte dos funcionários dos Serviços de Migração.
Entretanto, o Presidente Filipe Nyusi advertiu que a reabertura da fronteira não pode significar facilidade para a entrada de terroristas em Moçambique.
Ele referiu que os Serviços de Migração devem pautar a sua conduta pelo rigor no controlo das fronteiras, para evitar a entrada de terroristas e na criação de condições para o mapeamento de cidadãos estrangeiros residentes em território moçambicano.
A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, vem sendo flagelada por acções terroristas desde 2017, que já provocaram centenas de mortes e milhares de deslocados.
Refira-se que os ataques terroristas forçaram a companhia TotalEnergies a suspender o desenvolvimento do seu projecto de gás natural liquefeito em Palma, estando entretanto neste momento a trabalhar no sentido de retomar o seu investiemento.
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