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Autoridades judiciais “asseguram” julgamento do escândalo das dívidas ocultas


Patrulha de segurança passa por barcos da EMATUM na doca de Maputo.
Patrulha de segurança passa por barcos da EMATUM na doca de Maputo.

As autoridades judiciais moçambicanas asseguram o julgamento, “ainda este ano”, do processo principal do escândalo financeiro das dívidas ocultas, escreve o jornal Notícias.

Citando as autoridades, o diário escreve que o julgamento é “um dos passos para a descoberta da verdade material, responsabilização dos autores e recuperação do valor da fraude”.

Trata-se de um processo que 20 co-arguidos acusados, entre outros, de crimes de associação para delinguir, chantagem, corrupção passiva, peculato, abuso de cargo, violação de regras de gestão e branqueamento de capitais.

Entre os 19 que aguardam o julgamento em prisão figuram Armando Ndambi Guebuza, filho do ex-presidente Armando Guebuza; Gregório Leão e António Carlos do Rosário, quadros séniores dos serviços secretos; e Teófilo Nhangumele.

As dívidas em referência foram contraídas pelas empresas ProÍndicus, EMATUM e MAM, com garantias do Estado, alegadamente para a pesca de atum e protecção costeira.

Na alegada pesca e protecção costeira Moçambique contava com a parceria da empresa naval Privinvest, de Abu Dhabi, cujo vendedor, Jean Boustani, foi julgado e absolvido em Nova Iorque.

As garantias de empréstimo foram assinadas por Manuel Chang, na altura ministro das Finanças, que agora está detido na África do Sul a pedido dos Estados Unidos.

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