As autoridades da Guiné-Bissau garantem estar a envidar esforços para satisfazer as exigências que estão na base da greve dos profissionais da televisão, rádio, jornal e agência públicas que iniciou na quinta-feira, 16, tais como o pagamento de salários em atraso e melhores condições de trabalho.
O porta-voz dos Sindicatos dos Órgãos Públicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau, Zaim Pereira de Jesus, apontam como reivindicações o “pagamento de 16 meses de salários ao pessoal contratado, efectivação dos mesmos e outros com contratos de provimento e a revisão das letras dos antigos efectivos”.
O secretário-geral do Ministério da Comunicação Social disse à VOA quea resposta às exigências dos sindicatos está avançada.
“Estamos em contacto permanente com o Ministério das Finanças no sentido de efectivar o pagamento dos dois meses corrente e mais os três meses que faltam por pagar. Mesmo assim continuar a entabular contactos com o Ministério das Finanças no sentido do Governo poder liquidar toda a dívida em atraso para com esse pessoal)”, explicou Mamadú Sanó.
A greve iniciada ontem tem a duração de três dias e afecta não só as emissões nacionais, no caso da rádio e da televisão públicas, mas também põe em causa os retransmissores dos órgãos internacionais que emitem a partir do centro emissora de Nhacra, arredores de Bissau.
O sindicalista Zaim Pereira de Jesus disse que o levantamento da greve só acontece depoisde o Governo cumprir o que foi acordado:“O pagamento de cinco meses de salários em duas semanas e a criação de uma comissão para trabalhar no processamento das letras”.
Mamadú Sanó, esclareceu ainda que o processo de efectivação do pessoal contratado não depende apenas da tutela.
“Nós já fizemos a nossa parte, porque mandamos um pedido de indigitação de membros que devem fazer parte da comissão técnica interministerial que será encarregue de tratar e concluir do processo de efectivação do pessoal contratado e os que têm contracto de provimento nos órgãos estatais. É um processo que está muito avançado)”, justificou o secretário-geral do Ministério da Comunicação Social.
A greve termina amanhã.