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Autoridades angolanas libertam 11 manifestantes presos em Luanda


Manifestantes presos em Luanda libertados. Fotografia cedida pela UNTRA.
Manifestantes presos em Luanda libertados. Fotografia cedida pela UNTRA.

Autoridades libertaram, sem qualquer acusação, 11 manifestantes presos sábado, 22, em Luanda, confirmou à VOA, Luís Antunes, membro do movimento Unidade Nacional para a Total Revolução de Angola (UNTRA), responsável por convocar a manifestação.

No sábado, 22, a polícia angolana dispersou e prendeu onze jovens por se manifestarem contra as atuais políticas governamentais, que denominam de "empobrecimento dos angolanos” e ainda contra a “insegurança nacional" e pela "liberdade dos presos políticos", bem como contra a possibilidade de um "terceiro mandato" do Presidente João Lourenço na República de Angola.

Os jovens foram libertados sem acusação formal.

A Voz da América noticiou sábado que as autoridades tinham detido dezasseis jovens, segundo os depoimentos obtidos através de membros da UNTRA, confirmando, agora, junto da UNTRA que foram onze presos.

Os manifestantes estiveram detidos entre as dez da manhã e as sete horas da tarde de sábado.

A VOA tentou obter declarações junto do superintendente chefe Nestor Goubel, porta-voz da Polícia Nacional em Luanda, mas não obteve, até ao momento, nenhum esclarecimento.

A Amnistia Internacional (AI) havia exortado a polícia angolana a respeitar os direitos dos manifestantes durante o protesto.

"A manifestação planeada para 22 de junho não deve ser uma ocasião para a polícia angolana prender arbitrariamente pessoas ou disparar contra manifestantes pacíficos com balas, gás lacrimogéneo ou canhões de água, como as forças de segurança fizeram repetidamente no passado", escreveu o diretor regional adjunto da AI para as Campanhas na África Oriental e Austral, numa nota divulgada na quarta-feira, 19.

A organização afirma ter documentado os atos da polícia angolana, que, segundo a AI tem "com frequência e ilegalmente disparado contra manifestantes com balas reais e gás lacrimogéneo e efetuado prisões em massa, entre outras violações, durante manifestações pacíficas desde 2020".

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