Nos últimos 20 anos, a população moçambicana duplicou, o que, para alguns analistas, é muito grave porque a economia não duplicou, assim como o emprego também não duplicou.
Alguns analistas dizem que, na ausência de programas coordenados e sistemáticos de desenvolvimento, Moçambique vai enfrentar consequências resultantes da explosão demográfica que o país está a registar.
Custódio Francisco, de 25 anos, conta à VOA que anda à procura de emprego, há mais de três anos, quando terminou a licenciatura em História.
O sociólogo Moisés Mabunda diz que as consequências da explosão demográfica devem ser cuidadosamente medidas pelos responsáveis governamentais, que têm estado a ignorar todas as chamadas de atenção sobre a necessidade de se encarar esta questão com seriedade.
Dados oficiais indicam que os jovens constituem a maioria da população moçambicana, estimada em 28.8 milhões de habitantes, e analistas dizem que muitos deles não têm emprego nem habitação, "e estas constituem algumas das graves consequências do aumento descontrolado da população".
Mas há também consequências ao nível da assistência sanitária, do ensino, transportes e saneamento, entre outros domínios.
