A Renamo, principal partido na oposição em Moçambique, acusou nesta terça-feira, 12, a Frelimo, no poder, de ter reactivado os chamados esquadrões da morte, que há quatro anos foram os responsáveis pela onda de assassinatos selectivos a membros da oposição e violência brutal contra analistas e críticos do Governo.
Em conferência de imprensa, em Maputo, José Manteigas, porta-voz da Renamo, denunciou casos que estão a acontecer na zona centro do país.
“A Frelimo reactivou os esquadrões da morte. Depois de ter praticado a mais vergonhosa fraude eleitoral, está agora a voltar a um estratégia de crime que está a semear intranquilidade na zona centro do país”, disse Mantegas, apontando o dedo às Forças de Defesa e Sergurança (FDS) a quem acusou de deter ilegalmente de membros da Renamo e de tentativas de sequestro de muitos outros.
Os casos, de acordo com o porta-voz da Renamo, registaram-se nas províncias de Sofala, Manica, Zambézia e Tete, Centro do país, entre os dias 16 de Outubro e 11 de Novembro.
“O cenário que aqui apresentamos é simplesmente uma pequena amostra do que está a acontecer", sublinhou Manteigas, garantindo que o Presidente da República, Filipe Nyusi, “sabe o que está a acontecer no terreno”.
Frelimo reagem com "partido inconformado"
Em relação à violência na província de Cabo Delgado, o porta-voz da Renamo acusou o Governo de não travar o “extermínio da população”.
A Frelimo já reagiu às acusações classificando-as de infundadas.
“São discursos sem fundamento de um partido inconformado com a derrota eleitoral e que procura, a todo custo, de argumentos para justificar às suas bases, a derrota”, disse Caifadine Manasse, porta-voz da Frelimo.
José Manteigas respondeu apenas a questões relacionadas com a denúncia que fez hoje, recusando tratar de outros assuntos.