O número de crimes passionais, geralmente com base em suspeitas de traição, continuam a aumentar na provincia moçambicana de Manica, com registo de novos casos de homicidios por ciúmes.
A informação foi prestada a VOA nesta segunda-feira, 24, pela Polícia.
O aumento de crimes passionais voltou a ganhar de tom nas estatisticas de Manica, após um agente da Polícia anti-motim ter morto a tiro a sua esposa neste domingo, 23, por suspeitas de traição.
O agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), a força especial da Polícia moçambicana, afecto ao quartel de Chimoio, requisitou uma arma de fogo e viajou 20 quilómetros para matar a esposa a tiros na sua residência em Gondola, após suspeitas de existência de um rival, que se amantizava com a esposa.
Mesmo sem ter flagrado a esposa, segundo a Polícia, o agente - que estava escalado e com arma para uma missão institucional - consumou o acto com dois tiros.
“É uma conduta que vai contra os principios da Polícia e traz alguma dor à corporação”, afirmou Leonardo Colher, chefe das relações públicas do comando da Polícia de Manica sobre o incidente, adiantando que após cometer o crime, o agente apresentou-se no quartel e foi detido.
Dois processos foram instaurados contra o agente, crime e disciplinar.
Estatisticas do Comando da Polícia de Manica apontam que no primeiro trimestre de 2017 foram registados 66 crimes, dos quais 13 homicídios, ligados a “vingança privada”, incesto e ciúmes, voltando a disparar o número de pessoas que se “matam por amor”.