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Ataques aéreos da Coligação contra a Estado Islâmico mataram mais de mil civis


Missil, Damasco, capital da Síria.
Missil, Damasco, capital da Síria.

Antes da iminente retirada das tropas norte-americanas da Síria, a Coligação confirmou que pelo menos 1.139 foram mortos acidentalmente por ataques aéreos.

Os ataques aéreos da coligação liderada pelos Estados Unidos da América contra o Estado Islâmico mataram mais de mil civis no Iraque e na Síria desde 2014.

Num relatório mensal de vítimas civis, a Coligação detalha as mortes confirmadas de 1.139 civis em ataques aéreos realizados entre agosto de 2014 e novembro de 2018.

"A Coligação realizou um total de 31.406 ataques entre agosto de 2014 e final de novembro de 2018. Durante este período, com base nas informações disponíveis, pelo menos 1.139 civis foram inadvertidamente mortos por ataques da Coligação”, lê-se no relatório.

O documento acrescenta que cerca de oito milhões de iraquianos e sírios foram libertados do grupo Estado Islâmico durante esse período.

Estão ainda em investigação 184 relatórios sobre outras vítimas civis não intencionais.

Em julho, a Coligação admitiu que 1.059 civis foram mortos em ataques aéreos desde 2014.

Organizações humanitárias pediram várias vezes a actualização desses dados e acusaram a Coligação de subestimar significativamente o número de civis mortos ao longo dos anos de luta contra o Estado Islâmico.

O relatório deste domingo reflecte o número total actualizado de mortes de civis, incluindo dados de relatórios confirmados nos últimos seis meses.

Numa altura em que as forças regionais tentam se posicionar perante a iminente retirada das tropas norte-americanas da Síria, anunciadas repentinamente pelo presidente Donald Trump, no início deste mês, as autoridades militares dos Estados Unidos advertem que no terreno nada mudou.

Os Estados Unidos rejeitaram, na sexta-feira, as informações de que as forças sírias estavam a tomar o controlo da cidade de Manbij, no nordeste do país, um ponto crítico entre as milícias curdas por si apoiadas e pela Turquia, a pedido dos curdos sírios.

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