O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade por um ataque no leste da República Democrática do Congo que matou cinco pessoas, de acordo com um grupo de informações sediado nos EUA, a ONG SITE.
O grupo SITE, especializado na monitorização de grupos radicais islâmicos, afirmou no sábado, 10, que a Província da África Central do Estado Islâmico (ISCAP) tinha reivindicado a responsabilidade pelo ataque na província de Tshopo.
"O EI afirmou que os combatentes dispararam contra um posto da milícia numa aldeia de Tshopo, matando três elementos, e depois apontaram as armas aos cristãos que se encontravam na aldeia", afirmou o grupo num comunicado.
O comunicado acrescentou que o grupo também incendiou mais de 50 casas.
O SITE também disse no seu comunicado que o ISCAP "não tinha efectuado operações anteriormente" na área de Tshopo.
O grupo Estado Islâmico apresenta as ADF - Forças Democráticas Aliadas - como o seu ramo da África Central.
As ADF juraram fidelidade em 2019 ao Estado Islâmico, que reivindicou a responsabilidade por uma série de ataques das ADF e descreve as ADF como a sua filial regional.
O grupo, inicialmente constituído por rebeldes ugandeses maioritariamente muçulmanos, estabeleceu uma presença nas últimas três décadas no leste da República Democrática do Congo, matando milhares de civis.
Desde o final de 2021, os exércitos congolês e ugandês têm conduzido operações conjuntas contra as ADF no Kivu do Norte e na província vizinha de Ituri, mas até à data não conseguiram pôr termo aos ataques mortais contra civis.
A República Democrática do Congo está envolvida em vários conflitos, nomeadamente no Leste, onde dezenas de grupos armados, tanto da RDC como dos países vizinhos, actuam há 30 anos.
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