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Ataque a Centro Ismaili em Lisboa deixa dois mortos e vários feridos


Agentes da polícia portuguesea entram no Centro Ismaili em Lisboa, Portugal, 28 Março 2023
Agentes da polícia portuguesea entram no Centro Ismaili em Lisboa, Portugal, 28 Março 2023

Ninguém revindicou o ataque e primeiro-ministro diz que parece ser um acto isolado

Uu ataque com faca num centro cultural muçulmano em Lisboa, Portugal, nesta terça-feira, 28, deixou duas pessoas mortas e várias outras feridas.

Segundo a polícia, um homem, de origem afegã, invadiu o Centro Ismaili e esfaqueou pessoas que estavam dentro do local.

De seguida, ele foi baleado pela polícia e submetido a uma cirurgia por ter sido atingido num pé.

Em volta do Centro Ismaili estão várias dezenas de operacionais da Unidade Especial da Polícia, da Polícia de Segurança Pública e da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da Polícia Judiciária.

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, disse que ainda não se sabe se o ataque foi um atentado terrorista.

"Mas tudo aponta para um acto isolado", afirmou Costa.

Em nota, o Presidente da República "apresentou ao representante do Imamat Ismaili em Lisboa, Nazim Ahmad, sinceros pêsames pelo acto criminoso ocorrido nesta amanhã no Centro Ismaili de Lisboa" e solicitou que "os transmitisse também ao Príncipe Aga Kahn e às famílias das vítimas".

Líderes partidários de todas as tendências condenram o ataque e manifestaram solidariedade às vítimas.

Nenhum grupo reivindicou o ataque até agora contra o centro frequentado por ismaelistas, um grupo xiita minoritário que tem sido alvo de atentados em países como Paquistão e Afeganistão.

O Centro Ismaili é a entidade supranacional que representa os ismaelitas, um ramo minoritário do xiismo que tem em Aga Khan IV o seu líder espiritual.

Além da religião, o centro dedica-se do ensino à integração de refugiados.

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