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Associação dos Escritores Moçambicanos pede "reunião urgente" entre Mondlane e Chapo


Militares patrulham praça da OMM, onde o advogado Elvino Dias e o mandatário do Partido Podemos foram assassinados em outubro. Maputo, Moçambique, 7 de novembro
Militares patrulham praça da OMM, onde o advogado Elvino Dias e o mandatário do Partido Podemos foram assassinados em outubro. Maputo, Moçambique, 7 de novembro

A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) pediu uma "reunião urgente" entre o candidato presidencial independente, Venâncio Mondlane, e o candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, a fim de se encontrar uma solução para o fim dos conflitos em Moçambique.

A associação pede que os candidatos com maior votação, Mondlane e Chapo, se encontrem para encontrar "terminar com o actual clima de instabilidade e violência, para evitar mais perda de vidas humanas e destruição de infra-estruturas". A AEMO afirma ser necessário um "compromisso sério e verdadeiro", onde se façam "cedências mútuas", sem se pautarem por "arrogância ou posições radicais".

Um membro da comunidade médica exibe a bandeira de Moçambique na marcha em Maputo contra a violação dos direitos humanos e falta de democracia no país
Um membro da comunidade médica exibe a bandeira de Moçambique na marcha em Maputo contra a violação dos direitos humanos e falta de democracia no país

De acordo com os escritores, ambos os candidatos devem proceder a um "processo negocial para a criação de uma plataforma de entendimento que inclua a constituição de um Governo de inclusão efectiva com vista a abrir portas para um processo de reforma profunda do Estado, envolvendo e beneficiando toda a Sociedade".

Os dois candidatos presidenciais devem rapidamente vir a público exprimir o seu compromisso com a paz, a estabilidade e o desenvolvimento harmonioso do país, ultrapassando expressões de ódio ou outras que incitem à violência.

Num comunicado publicado na rede social Facebook, a AEMO fala da necessidade de se criar um Comité de Sábios e uma Comissão de Unidade e Desenvolvimento Nacional, a fim de se criarem medidas que permitam a inclusão e prosperidade do povo moçambicano.

A associação recorda que os mais afectados são os jovens, devido às "consequências da Má gestão da coisa pública, sobretudo a Corrupção e consequente elevado e insuportável custo de vida".

A AEMO afirma que a "violência, venha ela de cidadãos civis, venha ela de agentes da Lei e Ordem, constitui um mecanismo errado para abordar desavenças na sociedade" e que serve simplesmente para "aumentar sentimentos de ódio e vingança".

Após a manifestação de quinta-feira, 8, em Maputo, o candidato presidencial Venâncio Mondlane disse que os protestos vão continuar até que seja reposta a "verdade eleitoral".

A Human Rights Watch (HRW) disse esta sexta-feira, 8, que pelo menos 30 pessoas foram mortas em Moçambique em quase três semanas de repressão dos protestos contra uma eleição presidencial contestada.

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