O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, disse hoje, 27, que o "assassinato de Jamal Khashoggi em instalações diplomáticas deve preocupar a todos nós".
"O falha de qualquer nação em aderir às normas internacionais e ao estado de direito compromete a estabilidade regional no momento em que é mais necessária", disse Mattis em declarações preparadas para a conferência anual de segurança “Diálogo Manama”, no Bahrein.
Mattis disse que o secretário de Estado Mike Pompeo já revogou alguns vistos sauditas e "tomará medidas adicionais" contra os responsáveis.
Filho de Khashoggi nos EUA
Enquanto isso, a imprensa americana reporta que Salah bin Jamal Khashoggi, filho do jornalista assassinado no consulado da Arábia Saudita em Istambul, chegou aos Estados Unidos.
O cidadão que tem as nacionalidades americana e saudita havia sido banido pelo governo de Riad de viajar, até o início da semana.
O banimento foi levantado após um aperto de mão fotografado com o príncipe herdeiro saudita e o rei Salma, na terça-feira.
A cadeia de notícias CNN reportou , na sexta-feira, que ele chegou aos Estados Unidos, mas não se sabe exactamente onde se encontra.
O Departamento de Estado informou que o secretário de Estado Pompeo estava "satisfeito" com o levantamento da restrição de viagens. Pompeo pediu aos sauditas que deixassem Salah Khashoggi sair do país.
Sauditas reconhecem erros
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, disse hoje que a cobertura da imprensa sobre o caso Khashoggi se tornou "histérica".
Ele reconheceu que a Arábia Saudita havia cometido alguns erros, mas prometeu que o país realizará uma investigação transparente sobre o assassinato.
Mas o chefe da diplomacia saudita frustrou essa esperança ao afirmar que "quanto à questão da extradição, os (18) indivíduos são cidadãos sauditas. Eles estão detidos na Arábia Saudita e a investigação decorre na Arábia Saudita, e eles serão processados na Arábia Saudita ".