O Presidente guineense José Mário Vaz empossou nesta quarta-feira, 31, Artur Silva como novo primeiro-ministro, no dia em que chega ao país mais uma delegação da CEDEAO.
O PAIGC, através do seu presidente Domingos Simões Pereira, já disse que decisão viola o Aordo de Conacri, mas promete reunir os seus órgãos para decidir sobre a nomeação de Artur Silva, por sinal, um dos seus dirigentes.
“Temos uma grande preocupação porque não cumprimos os preceitos legais da nossa Constituição e nem respeitamos o nome que saiu de Conacri. Para agravar a situação, nós não percebemos mais um jogo do Presidente da Republica, que vai à procurar de um dirigente do PAIGC, sem consultar o PAIGC, exactamente para provocar mais uma ruptura nas nossas hostes partidárias”, disse Domingos Simões Pereira à VOA.
Por seu turno, Agnelo Regalla, da União Para Mudança, diz que a nomeação de Artur Silva representa uma afronta à credibilidade da CEDEAO.
“A CEDEAO tem que tomar a sua posição que garanta a sua credibilidade. Qualquer fragilidade ou hesitação levará ao descredito da CEDEAO. Aliás, as pessoas já deixaram de acreditar na CEDEAO, na medida em que perante a presença da ECOMIB, permite que haja a invasão de uma instituição político-partidária”, afirma Regalla.
De notar que o PRS, segundo partido mais votado nas eleições de 2014, já havia afirmado que estaria de acordo com qualquer figura nomeada pelo Presidente da República.
No acto de posse, Artur Silva disse que o seu Governo será integrado "por todos" os signatários do Acordo de Conacri.
Por seu lado, José Mário Vaz disse ser chegada a " hora da verdade e do trabalho" para construir uma Guiné-Bissau melhor.
"Como já tive oportunidade de referir em outras ocasiões: Sou o primeiro dos inconformados com o actual estado das coisas negativas e serei o último a desistir deste combate", sublinhou Vaz.