LUANDA —
Os artistas plásticos do Mercado do Artesanato em Luanda clamam por mais valorização e apoio das artes plásticas produzidas na maior e uma das mais antigas praças de artes em Angola.
Localizada a sul de Luanda, no bairro Benfica, a praça alberga vários fazedores de artes, desde artesãos à artistas plásticos.
Segundo Paulo Ventura, artista e expositor há mais de duas décadas na praça do artesanato, ainda não há um consenso sobre a data certa da fundação do mercado, mas seguramente, diz o artista, existe há mais de duas décadas e meia.
"Estamos a ver isto com a direcção da feira, mas isto está aqui há mais de trinta anos", salientou.
Quando o assunto tem a ver com a representação artística em Luanda, o Mercado do Artesanato tem sido referência para turistas estrangeiros e nacionais.
Paulo Ventura conta que a procura pelas peças de arte tem estado a aumentar dia-pós-dia.
“O turismo tende a aumentar no país. Tem havido procuras mesmo nacionais já procuram artes, entidades governamentais já procuram, e Luanda tem algumas lojas por ai, mas em termos de representação a feira do artesanato é o maior expoente", concluiu o artista.
Mbala Ndombassi é outro artista plástico. Há vinte anos que pinta telas e vende na Feira do Artesanato. Estudou artes plásticas durante oito anos numa universidade congolesa.
Nascido na província cafeícola do Uíge, Mbala muito cedo veio à Luanda onde desde então fez das artes plásticas a sua profissão, o sustento para sua família.
O artista conta que para pintar uma tela, o quotidiano rural de Angola, em particular e, africano em geral, são as suas principais fontes de inspiração.
Para o artista plástico os retratos do embandeiro, a mulher zungueira, a palanca negra, a cabaça, o pensador entre outros são os que mais têm saída no mercado do artesanato.
“Na Europa e muitos países da Ásia não têm imbondeiro isto se encontra cá, então pintamos isto e tem muita saída”, explicou.
Paulo Ventura diz que a sua inspiração além da natureza vem da família.
O artista que tem formação académica em Construção Civil considera como segredo das artes plásticas a pesquisa, antes mesmo de pintar a tela. A inspiração vem dos filhos da família, disse sorrindo.
Para o artista é importante “muita investigação se quiser fazer coisas novas, se quiser inovar tem que investigar”.
Por exemplo, disse Paulo Ventura, para pintar uma palanca é preciso “saber onde é que a palanca tem músculo porque a palanca é gigante. Se pintar um imbondeiro tem que saber quais são os contornos da árvore, tudo isto são pormenores técnicos que você tem que investigar”, realçou.
Sábados e Domingos são os dias com mais concorrência. Mbala Ndombassi diz que o número de quadros vendidos por dia varia, assim como os seus preços.
Para o artista que pinta em média oito quadros por semana, a arte não tem preço, mas independentemente do tamanho e do tipo de material usado o valor de cada tela pode alterar, sendo o preço mais baixo praticado mil kwanzas, o equivalente a $10. “Começa dos dez dólares até os milhões, a arte não tem preço”.
Maior parte dos artistas que expõem os seus trabalhos na praça do artesanato vivem da produção e venda de quadros.
Há mais de duas décadas a pintar telas há quem nunca soube o que é beneficiar de apoio de empresários ou do governo.
Para alguns artistas a participação em exposições só à convite de amigos, o que nem sempre acontece.
Mas, Paulo Ventura que também é membro da União Nacional dos Artistas Plásticos mostra-se confiante no trabalho que faz.
A qualidade do trabalho, diz Paulo, funciona como uma íman para angariação patrocínio. O artista pensa que mais do que lamentar por falta de apoio é importante continuar a produzir.
“Os apoios procuram-se”. Se alguém vir que o seu trabalho tem nível, tem qualidade ele faz algum investimento. É tudo um percurso é tudo um caminho, o importante é produzir apresentar trabalhos e propostas, rematou.
O maior sonho de Mbala Mdombassi, que sustenta a sua família com o que ganha no mercado do artesanato, é ser apostado por um empresário para expor os seus trabalhos noutros pontos geográficos de Angola e do mundo.
O artista lamenta a falta de iniciativa da cultura angolana e do empresariado nacional e estrangeiros para valorização das artes plásticas feita por artistas desconhecidos a semelhança da música, a dança o teatro e outras formas de artes de manifestação da cultura angolana.
“Tenho dificuldade. Não tenho patrocinador, não tenho empresário que fala vamos lá fazer exposição na Alemanha. Os que têm dinheiro para patrocinar as equipas de futebol deviam patrocinar também a arte”.
A praça do artesanato está aberta todos os dias. Fundada há mais de dez anos nela são comercializados distintos objectos artísticos que retratam a cultura angolana e africana em geral.
Roupa, cestos, quadros artísticos com diversas pinturas, bijouterias são os mais vistos e vendidos. Mas, o cartão de visita são as peças artesanais, dai o nome do mercado.
Há alguns meses o mercado sofreu obras de restauro, tendo sido mais bem organizado para albergar visitantes com maior conforto, mas ainda assim reclama por mais e melhores condições.
Localizada a sul de Luanda, no bairro Benfica, a praça alberga vários fazedores de artes, desde artesãos à artistas plásticos.
Segundo Paulo Ventura, artista e expositor há mais de duas décadas na praça do artesanato, ainda não há um consenso sobre a data certa da fundação do mercado, mas seguramente, diz o artista, existe há mais de duas décadas e meia.
"Estamos a ver isto com a direcção da feira, mas isto está aqui há mais de trinta anos", salientou.
Quando o assunto tem a ver com a representação artística em Luanda, o Mercado do Artesanato tem sido referência para turistas estrangeiros e nacionais.
Paulo Ventura conta que a procura pelas peças de arte tem estado a aumentar dia-pós-dia.
“O turismo tende a aumentar no país. Tem havido procuras mesmo nacionais já procuram artes, entidades governamentais já procuram, e Luanda tem algumas lojas por ai, mas em termos de representação a feira do artesanato é o maior expoente", concluiu o artista.
Mbala Ndombassi é outro artista plástico. Há vinte anos que pinta telas e vende na Feira do Artesanato. Estudou artes plásticas durante oito anos numa universidade congolesa.
Nascido na província cafeícola do Uíge, Mbala muito cedo veio à Luanda onde desde então fez das artes plásticas a sua profissão, o sustento para sua família.
O artista conta que para pintar uma tela, o quotidiano rural de Angola, em particular e, africano em geral, são as suas principais fontes de inspiração.
Para o artista plástico os retratos do embandeiro, a mulher zungueira, a palanca negra, a cabaça, o pensador entre outros são os que mais têm saída no mercado do artesanato.
“Na Europa e muitos países da Ásia não têm imbondeiro isto se encontra cá, então pintamos isto e tem muita saída”, explicou.
Paulo Ventura diz que a sua inspiração além da natureza vem da família.
O artista que tem formação académica em Construção Civil considera como segredo das artes plásticas a pesquisa, antes mesmo de pintar a tela. A inspiração vem dos filhos da família, disse sorrindo.
Para o artista é importante “muita investigação se quiser fazer coisas novas, se quiser inovar tem que investigar”.
Por exemplo, disse Paulo Ventura, para pintar uma palanca é preciso “saber onde é que a palanca tem músculo porque a palanca é gigante. Se pintar um imbondeiro tem que saber quais são os contornos da árvore, tudo isto são pormenores técnicos que você tem que investigar”, realçou.
Sábados e Domingos são os dias com mais concorrência. Mbala Ndombassi diz que o número de quadros vendidos por dia varia, assim como os seus preços.
Para o artista que pinta em média oito quadros por semana, a arte não tem preço, mas independentemente do tamanho e do tipo de material usado o valor de cada tela pode alterar, sendo o preço mais baixo praticado mil kwanzas, o equivalente a $10. “Começa dos dez dólares até os milhões, a arte não tem preço”.
Maior parte dos artistas que expõem os seus trabalhos na praça do artesanato vivem da produção e venda de quadros.
Há mais de duas décadas a pintar telas há quem nunca soube o que é beneficiar de apoio de empresários ou do governo.
Para alguns artistas a participação em exposições só à convite de amigos, o que nem sempre acontece.
Mas, Paulo Ventura que também é membro da União Nacional dos Artistas Plásticos mostra-se confiante no trabalho que faz.
A qualidade do trabalho, diz Paulo, funciona como uma íman para angariação patrocínio. O artista pensa que mais do que lamentar por falta de apoio é importante continuar a produzir.
“Os apoios procuram-se”. Se alguém vir que o seu trabalho tem nível, tem qualidade ele faz algum investimento. É tudo um percurso é tudo um caminho, o importante é produzir apresentar trabalhos e propostas, rematou.
O maior sonho de Mbala Mdombassi, que sustenta a sua família com o que ganha no mercado do artesanato, é ser apostado por um empresário para expor os seus trabalhos noutros pontos geográficos de Angola e do mundo.
O artista lamenta a falta de iniciativa da cultura angolana e do empresariado nacional e estrangeiros para valorização das artes plásticas feita por artistas desconhecidos a semelhança da música, a dança o teatro e outras formas de artes de manifestação da cultura angolana.
“Tenho dificuldade. Não tenho patrocinador, não tenho empresário que fala vamos lá fazer exposição na Alemanha. Os que têm dinheiro para patrocinar as equipas de futebol deviam patrocinar também a arte”.
A praça do artesanato está aberta todos os dias. Fundada há mais de dez anos nela são comercializados distintos objectos artísticos que retratam a cultura angolana e africana em geral.
Roupa, cestos, quadros artísticos com diversas pinturas, bijouterias são os mais vistos e vendidos. Mas, o cartão de visita são as peças artesanais, dai o nome do mercado.
Há alguns meses o mercado sofreu obras de restauro, tendo sido mais bem organizado para albergar visitantes com maior conforto, mas ainda assim reclama por mais e melhores condições.