O sindicato de professores no Lubango promete condicionar o arranque do próximo ano lectivo caso não se verifique um pronunciamento da assembleia nacional quanto a uma carta aberta dos professores dirigida ao presidente daquele órgão de soberania.
Na carta com cópia ao presidente do MPLA, os professores manifestam o seu desagrado a série de notificações de que começaram a ser alvos da polícia de investigação criminal na sequência da marcha de protesto de 2 de Outubro passado.
Pode ler-se na mesma “conseguimos descobrir que a pobreza é pecado e crime, pois foi a pobreza que, dependentes do salário, nos fez marchar para reivindicarmos o nosso direito.
Referem na carta que o desagrado é maior, pois no entender deles, ao invés de serem notificados os perto de quatro mil professores participantes da marcha, as convocatórias abrangeram apenas líderes sindicais, alguns professores e directores de escolas.
João Francisco do sindicato de professores no Lubango, acredita que esta foi a maneira encontrada para manifestar o desagrado quanto ao clima de intimidação imposto na Huíla;
“ Acreditamos que se houver pessoas de boa-fé se tivermos pessoas que têm a vontade de trabalhar para o povo se os nossos representantes que escolhemos no pleito eleitoral de 2008 estão de facto conscientes das suas obrigações querem trabalhar acreditamos que vão se pronunciar no momento oportuno.”