Em Setembro de 2000, as Nações Unidas aprovaram a Declaração do Milénio. Estabeleceu as bases para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, previstos para serem alcançados em 2015. Mas terão os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio trazido resultados significativos ou são apenas um primeiro passo?
Os objectivos destinam-se a reduzir a pobreza, fome e doença, através de melhorias na saúde, educação, igualdade de género e o ambiente.
Andy Sumner, um especialista em vulnerabilidade e redução de pobreza no Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Universidade inglesa de Sussex, fez uma avaliação da sua eficiência num documento intitulado “Mais Dinheiro ou Mais Desenvolvimento: Quais foram os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio Alcançados?:
“Existe um debate sobre o que vai acontecer depois de 2015 quando esses objectivos tiverem um fim natural. Deverá haver mais objectivos? Devemos ser realmente ambiciosos em acabar com a pobreza no mundo em, digamos 2030 ou algo perto disso? Pensamos ser útil dar uma olhada ao que foi conseguido nos últimos 10 anos e fazer uma série de perguntas sobre o impacto dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.”
A este propósito, Andy Sumner interroga-se se os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio mudaram a natureza do debate em termos de alteração de prioridades, se os objectivos conduziram a uma maior mobilização de recursos, nomeadamente mais dinheiro para o desenvolvimento.
Sumner afirma que o objectivo para reduzir a pobreza para metade em 2015, sugere que ainda há trabalho por fazer:
“O que poderemos alcançar, digamos em 2030? Pensamos não estar fora de questão que certos aspectos de pobreza extrema possam ser erradicados até 2030. Por isso os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio foram uma espécie de primeira fase para se chegar a meio da caminhada final. Depois disso podemos então aspirar a acabar com a pobreza extrema em 2030, o que é razoável.”
Sumner diz haver um valor simbólico no mundo no que diz respeito a preocupar-se o bastante sobre a pobreza para criar objectivos para a reduzir. De facto, acrescentou, pode ser uma das poucas áreas onde possa haver um vasto acordo internacional. A questão agora é o que irá acontecer depois de 2015? Iremos reformular os alvos a serem propostos para seguir os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio?
