O ano de 2011 termina com alguns indícios de recuperação da economia aqui nos Estados Unidos.
Os americanos estão a consumir mais, o mercado imobiliário está a recuperar e as empresas estão a despedir menos trabalhadores.
Contudo a questão da dívida europeia, o abrandamento económico na China e os cortes orçamentais americanos colocam ainda sérios desafios para 2012.
Aqui nos Estados Unidos a alta taxa de desemprego, a crescente divida e a incapacidade do Congresso para resolver esses assuntos foram temas de destaque em 2011.
Contudo alguns dados positivos apareceram neste final de ano tal como salienta George Perry da Brookings Institution: “ um desses dados positivos foi o sector da exportação. Outro foi o da construção de edifícios comerciais.”
Por outro lado o desemprego nos Estados Unidos desceu para o índice mais baixo dos últimos dois anos e meio e a confiança dos consumidores está a aumentar.
Algumas nuvens negras perfilam-se contudo no horizonte. A economia chinesa está a abrandar e a crise da dívida europeia continua por ultrapassar. Afirmou George Perry: “ nós exportamos muito para a Europa, e, se a Europa cair noutra recessão as exportações vão diminuir. Isso afectará os empregos nos Estados Unidos e fazer com que os Estados Unidos entrem em recessão.”
O aumento da inflação e o abrandamento na China já baixaram entretanto a procura de algumas matérias-primas. Perry sublinha contudo que esse abrandamento fica a dever-se em parte aos esforços de Pequim para impedir a sua economia de sobreaquecer.
Referindo-se à incerteza mundial, o presidente do Banco Mundial Robert Zoelick apelou à Europa e aos seus principais parceiros comerciais para que se comportem de um modo responsável.
Zoellick manifestou-se por outro lado encorajado com as reformas em curso na China destinadas a reduzir a dependência das exportações, mas , advertiu os legisladores americanos de que não devem adiar o problema da crescente dívida nacional que ascende actualmente a 15 triliões de dólares: “a despromoção da América do rating de triplo A não afectou imediatamente as finanças mas pode ser um daqueles acontecimentos que faz com que as pessoas daqui por dez anos digam: porque é que não prestamos atenção a isso?”
A não ser que os líderes mundiais manifestem a vontade de tomar decisões difíceis necessárias para estabilizar a economia global, Zoellick afirma que muitos economistas advertem que os problemas na Europa, nos Estados Unidos e na China podem conjugar-se para criar uma crise em 2012 capaz de rivalizar com a crise financeira de 2008
A questão da dívida europeia, o abrandamento económico na China e os cortes orçamentais americanos colocam ainda sérios desafios para 2012.