O acórdão do Tribunal Provincial de Cabinda que libertou quatro activistas de direitos humanos continua a merecer a atenção dos juristas, havendo alguns que o consideram como um dedo apontado ao Tribunal Constitucional pelo facto de não se ter manifestado pela inconstitucionalidade da lei que levou a prisão dos activistas. Enquanto isto prosseguem as reacções à libertação dos activistas como foi o caso do líder histórico da FLEC, Nzita Tiago, e de Alexandre Tati, vice-presidente da FLEC-FAC.
José Benjamin Fuca, Belchior Lanso Tati, Francisco Luemba e o Padre Raúl Tati, cujo estado de saúde inspira cuidados, foram libertados ontem em Cabinda.
Após a sua libertação, o Padre Tati, com lágrimas nos olhos, disse à VOA, que "neste momento estou sereno. Neste momento a minha prioridade é curar a minha saúde, que está seriamente debilitada".Entretanto o lider histório e presidente da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, FLEC -FAC, N´Zita Tiago, em declarações à VOA congratulou-se com a libertação dos activistas mas afirmou que o presidente José Eduardo dos Santos não deve adiar mais a realização de conversações para resolver o problema de Cabinda.
Quanto ao vice-presidente daquela organização, Alexandre Tati, que lidera uma facção dissidente, afirmou à VOA que nunca é tarde demais para "bons actos". Acrescentou que a atitude do governo angolano é um "sinal de maturidade". Ouça as declarações dos dois líderes à VOA!
Por seu lado o correspondente da VOA em Cabinda José Manuel tem mais pormenores sobre a decisão do Tribunal Provincial de Cabinda.