Depois de quase nove anos e 4500 americanos e 100 mil iraquianos mortos, os Estados Unidos encerraram oficialmente a guerra no Iraque, um conflito que o secretario da Defesa, Leon Panetta, disse ter sido valioso o sacrificio americano, porque colocou o Iraque no caminho para a democracia. Para alem das mortes, a guerra deixou 32 mil americanos feridos e custou aos Estados Unidos mais de 800 mil milhoes de dolares.
Leon Panetta e varios outros diplomatas, militares e funcionarios americanos participaram hoje em Bagdade numa cerimonia simbolica durante a qual o estandarte das forcas americanas e iraquinas foi oficialmente recolhido.
“Sairao com um grande orgulho”, disse Panetta as tropas americanas. “Com a certeza de que o vosso sacrificio ajudou o povo iraquiano a comecar um novo capitulo na historia”, acrescentou o secretario da Defesa.
Durante uma paragem no Afeganistao esta semana, Leon Panetta descreveu a missao como “tendo tornado o Iraque um pais soberano e independente e capaz de se governar e defender-se.”.
Disse que isso e “um tributo a todos – a todos que combateram nessa guerra, a todos que verteram o seu sangue nessa guerra, a todos que se dedicaram a garantir que a missao podia ser bem sucedida.”
Cidadaos iraquianos fazem uma avaliacao mais optimista. “Os americanos deixam para tras um pais destruido”, disse Mariam Khazim, de Sadr City. “Os americanos não deixaram escolas modernas ou grandes fabricas. Em vez dissso deixaram milhares de viuvas e orfaos”, acrescentou.
Um elemento da coligacao politica leal ao clerigo-anti-americano Muqtada al-Sadr viu uma outra mensagem na retirada dos Estados Unidos. “A cerimonia americana representa o fracasso da ocupacao do Iraque devido a grande resistencia do povo iraquiano”, disse deputado sadrista Amir al-Kinani.
Leon Panetta ecoou a promessa do presidente Barack Obama de que os Estados Unidos tencionam manter uma robusta presenca diplomatica no Iraque, criar um profundo e durador relacionamento com o pais e manter uma forte forca militar na regiao.