Moçambique está a viver um dilema resultante da descoberta de enormes reservas de hidrocarbonetos e recursos minerais, que tornaram o país, num dos maiores Eldorados de investimentos estrangeiros.
Contrariamente ao que seria de esperar, a descoberta destes recursos tornou-se num problema que o presidente Guebuza, considera de difícil imaginação e expõe, de forma dramática, a capacidade de intervenção do governo.
Armando Guebuza, que falava nesta quarta-feira, na abertura de uma conferência económica entre empresários moçambicanos e sul-africanos, denunciou o que chamou de forças externas, não reveladas, que constituem o que chamou de maior problema do país, chegando mesmo a influenciar a actuação do governo, no plano político.
A província de Tete, no centro do país, e a bacia do Rovuma, no norte, são os dois polos que se tornaram em destinos de maiores investimentos externos de sempre para o país.
A sua exploração, pelo menos no que diz respeito aos projectos que já estão em fase de actividade efectiva, continua a dividir opiniões, onde vários analistas consideram que o país, e em particular, as populações das províncias onde os recursos existem, continuam a não tirar o benefício que deviam.