A visita oficial à África do Sul do Presidente angolano, que decorrerá terça e quarta-feira, será uma reflexão do bom ambiente que se vive atualmente entre os governos e Estados das duas potências económicas da África Austral.
Mas muito mais do que isso, a visita deverá reforçar uma cooperação bilateral e regional com benefícios significativos para os dois países e que sofreu de uma letargia quase completa entre 1999 e 2008, período em que Thabo Mbeki, que sempre nutriu uma antipatia especial por José Eduardo dos Santos, ocupou a Presidência sul-africana.
Em 2005/2006, uma investigação especial lançada a um relatório classificado como “secreto”, elaborado pela unidade especial da polícia “Os Escorpiões” – e que contribuiu também para o afastamento do diretor-geral da Procuradoria, Vusi Pikoli -, sugeriu mesmo que os presidentes de Angola e da Líbia teriam “conspirado” junto de dirigentes do ANC para que Jacob Zuma fosse eleito em detrimento de Mbeki na Presidência do partido em 2008.
Desde que ascendeu à Presidência da África do Sul, em Maio de 2009, Jacob Zuma tornou prioridade a colocação nos eixos das relações com Angola.
A sua primeira visita oficial ao exterior foi precisamente a Luanda, pouco mais de três meses após a tomada de posse.
Em Angola, Zuma fez questão de saudar e homenagear todos aqueles que lutaram, ombro a ombro, em território angolano contra a tirania do “apartheid” e a administração sul-africana do ex-sudoeste Africano, hoje Namíbia, tornada independente em 1989, e que serviu de corredor e rampa de lançamento para os ataques militares do regime de P.W. Botha a Angola na década de oitenta.
As economias de Angola e da África do Sul têm tanto de complementares como de concorrentes, mas sob qualquer ângulo, possuem um potencial tremendo para os sectores públicos e privados de ambas as nações.
Angola e a Africa do Sul vão esta semana dar mais um passo para um crescente cooperação economica que poderá criar um poderoso bloco no sul do continente.
Com efeito o Presidente de Angola José eduardo dos Santos está na África do Suil onde deverá reunir-se Terça-feira com o seu homologo sul africano Jacob Zuma.
O ano passado Zuma visitou Angola numa deslocação que marcou o princípio do melhoramento das suas relações há muita marcadas por um distanciamento político que teve tambem consequencias econoómicas.
Após a queda do Apartheid na Africa do Sul, o presidente Nelson madnela advogou o diálogo coomo meio apra se pôr termo á guerra civil em Angola algo que o governo de Eduardo dos santos se opôs.
os dois países tiveram também diferendos sobre as crises no Zimbabwe e na republica democrática do Congo.
Com o fim da guerra em Angola o paíss começou a atraír investimentos de toda a parte do mundo mas as empresas sul africanas foram marginalizadas.
Tradicionalmente agressiva, a diplomacia económica de Pretória ambiciona desde há muito que uma fatia substancial dos contratos públicos e privados associados à reconstrução e modernização de Angola (que têm beneficiado chineses, portugueses e brasileiros), caia nas mãos de empresas sul-africanas das áreas da construção civil, engenharia, informática, exploração mineira, agricultura e tantas outras, referem com insistência os analistas sul-africanos.
Segundo estatísticas oficiais, em 2009 as exportações sul-africanas para Angola ascenderam a 5,5 mil milhões de Randes (597 milhões de Euros), em mercadorias descritas como “de um vasto leque de categorias”, enquanto as importações de Angola, 90 por cento das quais produtos petrolíferos, se cifraram em 12 mil milhões de Randes (1,3 mil milhões de Euros).
Esta aproximação recente é importante também para muitos milhares de angolanos que residem permanentemente na África do Sul, aqui estudando, trabalhando ou dedicando-se ao comércio e outras actividades. Angola é o único país da área da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) que exige vistos de entrada aos cidadãos dos restantes estados-membros.
A questão dos vistos deverá estar em discussao mas o nosso correspondente em Luanda disse-nos que os a necessidade de vistos não deverá ser abolida.
José eduardo dos Santos faz-se acompanha de uma comitiva de empresários angolanos.
Eduardo dos Santos e Jacob Zuma deverão assinar diversos acordos de cooperação