Há discrepâncias significativas nos dados publicados pelo governo angolano sobre os seus rendimentos do petróleo, revela um estudo efectuado pelas organizações Global Witness e Open Society Iniative for Southern Africa.
As duas organizações disseram num comunicado que essas discrepâncias ascendem a vários milhares de milhões de dólares e subvertem as tentativas do governo angolano de libertar da sua reputação de corrupto.
Segundo as duas organizações há uma discrepância de oito mil e 550 milhões de dólares s entre os valores dos ministérios das finanças e do petróleo quanto a volumes de petróleo vendido pela Sonangol. A diferença entre os valores dos ministérios para impostos sobre o rendimento das empresas petrolíferas é de um valor teórico de mais de mil e 200 milhões de dólares.
A Open Society e a Global Witness consideram de profundamente problemática a falta de uma explicação quanto á discrepância de 87 milhões de barris entre os resultados dos dois ministérios quanto à exportação de petróleo em 2008.
Uma outra discrepância diz respeito ao pagamento de bónus. Segundo o relatório em 2006 as empresas petrolíferas oferecem mais de 3 mil e 200 milhões de dólares em bónus de assinatura ao governo angolano mas no entanto as contas parecem apenas registar 998 milhões em receitas.
Apesar destas discrepâncias tidas como problemáticas e preocupantes Elias Isaac, representantes da Open Society em Angola, disse á Voz da América que não é intenção do relatório fazer acusações e acrescentou que embora não tenha havido reacção do governo até agora espera que venha a haver uma resposta.
Ojectivo não é fazer acusações mas alertar o governo, diz representante da Open Society