O projecto a ser executado pela rede criança da Huíla por intermédio das organizações membro vai privilegiar a sensibilização das famílias para o registo de nascimento das crianças e o combate contra violência sobre os mais pequenos.
Para já foram submetidos e aprovados 19 micro projectos de 17 organizações não governamentais locais que nos próximos dois anos se ocuparão de desenvolver os objectivos perseguidos pela segunda fase do projecto Mãos Juntas.
Sérgio Mateus da rede criança da Huíla, explicou a Voz da América, do porquê da preocupação do projecto em atacar o registo de nascimento da criança e da violência contra ela,
“Está estendido esse processo de registo de nascimento mas, apesar desta disponibilidade de serviços não existe uma grande correspondência com aquilo que é o comportamento e atitude das famílias ou seja das comunidades. Por esta razão nós achamos por bem trabalhar nesta questão no sentido de sensibilizar as famílias de maneiras em que, primeiro, valorizem o registo de nascimento de seus filhos e preferencialmente o registo se faça logo após ao nascimento da criança e quanto se tratar de violência basta olhar para o gráfico de vida da nossa província e do nosso país, existem vários factores que realmente concorrem para aquilo que é a violência contra a criança, violência física, violência emocional, discriminação, negligência, negação de paternidade, abusos sexuais, enfim existem tantos grandes problemas.”.
E o representante do UNICEF na região sul, falou do interesse daquele organismo das Nações Unidas em financiar o projecto Mãos Juntas.
Segundo, João Neves, o reforço da capacidade das organizações da sociedade civil pesou também na aprovação do projecto,
“Parece-nos particularmente importante e interessante este projecto no sentido em que ele também para além daqueles objectivos directos também tem outros objectivos indirectos e que passam pelo reforço da capacidade ao nível da sociedade civil não só para o trabalho em rede como é caso desta organização rede criança, mas também para estreitar a cooperação e os laços entre a própria sociedade civil e outras organizações do governo que trabalham na problemática da criança”.
O valor global do projecto Mãos Juntas que agora vai conhecer a implementação da sua segunda fase está avaliado em cerca de meio milhão de dólares. A primeira fase privilegiou a denúncia da violência contra a criança e a expansão das acções da rede criança na província da Huíla.