Washington, 30 Nov - Os Estados Unidos prevêem traduzir em justiça o Wilkileaks pela publicação de centenas de milhar documentos diplomáticos classificados.
A administração americana está a apurar que tipo de acusação pode formular contra os responsáveis da Wikileaks no caso de se confirmar a violação da lei americana.
O departamento do Estado na pessoa de Hillary Clinton considerou as publicações feitas pelo Wikileaks como um ataque a política e interesses externos dos Estados e contra a comunidade internacional.
Clinton telefonou vários dos seus homólogos estrangeiros prevenindo-os sobre os efeitos que essas as revelações iriam provocar.
“Este é um ataque contra a comunidade internacional, alianças e parcerias, e contra as conversações e negociações de salvaguarda da segurança global e do avanço económico e da prosperidade. Estou confiante que as parcerias que a administração Obama trabalhou arduamente para construir, vai continuar a resistir a este desafio.”
Responsáveis dos Departamentos da Defesa e do Estado ordenaram o reforço das medidas de restrições aos seus sistemas de comunicação de forma a prevenir no futuro novas fugas de informações secretas e sensíveis, tais como as actuais publicadas pelo Wikileaks.
O presidente Barack Obama ainda não reagiu publicamente a situação. Apenas o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs disse que o presidente Obama considera a publicação como uma séria violação da lei e ameaça àqueles que conduzem e aplicam a política externa americana.
O procurador-geral Eric Holder condenou as publicações dos cabos diplomáticos e anunciou medidas por parte da justiça.
“Temos em acção uma investigação criminal a respeito deste caso. Não estamos ainda em posição de anunciar o resultado dessa investigação, mas ela está em curso.”
O procurador-geral Eric Holder recusou em identificar os alvos das investigações, mas apontou o Wikileaks e outras pessoas envolvidas na publicação desses documentos como sendo possíveis alvos dessas investigações.
O Wikileaks não revelou no entanto como obteve tais documentos. Um militar americano e especialista em análise de informação, encontra-se preso desde o início deste ano por alegadamente transmitido imagens de um ataque heli-transportado no Iraque e documentos diplomáticos classificados ao Wikileaks.
Tanto o departamento da justiça como o Pentágono estão a investigar a fuga desses dados. Importar referir que vários países incluindo a Austrália e Itália são favoráveis a tomada de medidas judiciais contra o sítio Wikileaks.