A pirataria marítima continua a ser uma forte ameaça para a costa e a economia moçambicana, reconheceu esta segunda-feira, o vice-ministro da Defesa Nacional, Agostinho Mondlane.
Onze meses depois da primeira acção concretizada de piratas somalis na costa moçambicana, com o sequestro da embarcação de pesca “Vega 5”, o governo afirmou hoje, no decurso de um seminário de dois dias sobre “Ameaças Marítimas e o seu Impacto em Moçambique”, que apesar de não terem sido registados novos casos, a situação continua de alerta.
Desde o episódio do “Vega 5”, Moçambique tem beneficiado de apoio internacional, quer em meios materiais quer técnicos, para fortalecer a capacidade marítima de supervisão e combate a pirataria.
Um dos parceiros de peso tem sido o governo dos Estados Unidos da América, que num passado recente, forneceu navios, meios de comunicação e treinou equipas nacionais, em matérias de defesa.
Numa análise ao actual estágio, a embaixadora americana em Moçambique, Leslie Rowe, considerou que a situação na costa nacional está hoje mais segura do que há um ano.
Apesar das relativas melhorias, Leslie Rowe alertou contra o impacto das ameaças que a pirataria marítima representa para o desenvolvimento da economia nacional, com destaque para o turismo e as exportações do carvão e hidrocarbonetos e apelou para que o aumento da segurança marítima seja uma das prioridades.