A Unidade de Trânsito de Malanje registou de um de Janeiro a 15 de Novembro deste ano cerca de 400 acidentes de viação que provocaram mais de 150 mortes nas estradas desta província.
Os dados anunciados ontem por ocasião Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada confirmam o ferimento de perto de 400 pessoas e danos materiais avaliados em mais de 62 milhões de kwanzas.
O comandante da Unidade de Trânsito, intendente Mário Cordeiro Júnior afirmou que os motociclos simples e ciclomotores foram os meios mais envolvidos nos sinistros.
“Este ano nós tivemos o registo de 395 acidentes, comparados com o mesmo período do ano transacto tivemos uma diminuição de 125 acidentes. Desses registados provocaram 153 mortos, 378 feridos e danos materiais avaliados em 62.176.500 kwanzas.
Desses acidentes registados 209 foram protagonizados por motociclos simples e ciclomotores o que representa 53% do total dos acidentes”.
Cento e 18 atropelamentos menos dezassete do igual período do ano anterior, 85 choques entre veículos e ciclomotores, mais três, e 47 capotamentos menos 12 são alguns números adiantados sobre o gráfico de acidentes na região.
O município de Malanje com 209 acidentes menos 91 e 58 mortos menos seis, encabeça a lista entre os 14 municípios onde houve igualmente o registo de 183 feridos, representando uma diminuição de 104 em comparação com o ano passado.
Os municípios de Cacuso, Caculama, Cangandala e Calandula com 71 a 19 sinistros sucedem-se no quadro até Cahombo com apenas um acidente e sem registo de qualquer morte.
A maioria das camas do Hospital Geral de Malanje (HGM) está ocupada por doentes traumatizados em acidentes de viação, o que está a preocupar o governo provincial. Vice-governador para o sector econômico, António David Dias da Silva.
“Mais 60% das camas do HGM são ocupadas por vitimas de acidentes de estrada, muito mais do que qualquer outro tipo de doença. Hoje a questão dos acidentes na estrada já é até considerado um problema de saúde pública”.
O excesso de velocidade, não cedência de prioridade de passagem, ultrapassagem irregular, travessia descuidada de peão, trânsito pela esquerda da faixa de rodagem e condução ilegal foram às principais causas dos desastres nas estradas da circunscrição, principalmente a 230 e 140 por possuírem tapete asfáltico em condições.