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Coreia do Norte: Vaga de Fome Alimenta Dissidência


Coreia do Norte: Vaga de Fome Alimenta Dissidência
Coreia do Norte: Vaga de Fome Alimenta Dissidência

A Coreia do Sul anunciou que recebeu mais de 10 mil dissidentes norte-coreanos durante os últimos 3 anos.

A Coreia do Sul anunciou que recebeu mais de 10 mil dissidentes norte-coreanos durante os últimos 3 anos. Segundo Seoul esse número deverá continuar a aumentar devido à escassez de alimentos na Coreia do Norte.
O governo da Coreia do Sul anunciou hoje que o número de refugiados norte-coreanos desde o termo da guerra da Coreia em 1953 acaba de atingir os 20 mil. Segundo a porta-voz do ministério da unificação, Lee Jong-joo, o dissidente número 20 mil chegou na quinta-feira à Coreia do Sul. “ O dissidente número 20 mil, disse ela, é uma mulher de 41 anos de idade que fugiu da província norte-coreana de Yanggang com os seus dois filhos.”
Cerca de metade dos refugiados chegaram ao sul desde 2007, e mais de 2 mil e 900 durante o último ano. De acordo com o ministério da unificação esse número deverá aumentar rapidamente devido ao alastramento da fome no vizinho comunista.
As duas Coreias estão separadas por uma linha fronteiriça extremamente fortificadas e grande parte dos dissidentes escapa primeiro para a China. Agências humanitárias internacionais afirmam que muito mais norte-coreanos se encontram clandestinos na China visto que o governo de Pequim extradita normalmente os norte-coreanos que consegue detectar. O número de dissidentes começou a aumentar em meados dos anos 90 quando se verificou uma grande vaga de fome. Actualmente a situação alimentar está outra vez a agravar-se, e, segundo as Nações Unidas neste momento mãos de 30% dos norte-coreanos encontram-se sub-nutridos.
Segundo a representante regional da FAO, Victoria Sekitoleko, a situação está a piorar: “visitei escolas, visitei residências e observei as pessoas ao longo das estradas. Em todo o lado vi pessoas esfomeadas.”Sekitoleko acrescentou no entanto que não seria necessária muito mais assistência exterior para a Coreia do Norte atingir a auto-suficiência alimentar.
Responsáveis e agências de auxílio referem que as sanções contra Pyongyang por causa do seu programa nuclear estão a dificultar a entrega de ajuda. A China, a Coreia do Sul e as Nações Unidas são as principais fontes de assistência alimentar à Coreia do Norte.

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