O Fundo Monetário Internacional anunciou que vai desembolsar mais 134 milhões e 800 mil dólares a Angola ao abrigo de um programa de apoio a este país. Ao mesmo tempo, o FMI frisou que a transparência continua a ser algo considerado essencial pela organização.
Num comunicado, o FMI diz que as autoridades angolanas devem ser saudadas pelo trabalho feito ao abrigo do programa de reformas e estabilização apoiado pela organização.
Os gastos foram contidos e a execução orçamental fortalecida, diz o FMI que menciona também o aumento das reservas, o declínio da inflação, o pagamento de dívidas em atraso e a estabilização do mercado cambial.
O fundo disse contudo que a administração fiscal pública e a transparência continuam a ser prioridades que devem ser respeitadas no futuro.
O FMI disse a este respeito que o governo aumentou a monitorização das transferências de rendimentos de petróleo para o orçamento e que continua a trabalhar para reduzir o que chama de "residual não explicado" nas contas fiscais.
O governo está agora a produzir relatórios trimestrais sobre a execução orçamental e as companhias estatais de petróleos publicam agora declarações financeiras que foram alvo de auditoria.
O FMI revelou no entanto que uma revisão das contas tinha concluído que Angola não havia respeitado a condição de publicar dados correctos sobre as receitas de petróleo no final de 2009.
Contudo o governo tinha tomado medidas correctivas para assegurar a transferência atempada dos rendimentos do petróleo para o orçamento pelo que foi decidido não tomar quaisquer medidas que poderiam afectar o programa de apoio
O programa de apoio do FMI a Angola foi aprovado em 2009 e até agora Angola beneficiou de 1.200 milhões de dólares.