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Novas Possibilidades de Uma Vacina Contra a SIDA


A French farmer marches with his sheep as he attends a demonstration in Paris. French farmers brought tractors and livestock to the capital as part of protests calling for the re-balancing of trade negotiations.
A French farmer marches with his sheep as he attends a demonstration in Paris. French farmers brought tractors and livestock to the capital as part of protests calling for the re-balancing of trade negotiations.

Cientistas acreditam ter descoberto a razão por que existem pessoas que estando infectadas com o HIV, o vírus que causa a SIDA, podem sobreviver durante décadas sem tratamento.

Esta situação pode abrir novas possibilidades de uma vacina contra a SIDA.

Aproximadamente um em cada trezentos indivíduos infectados com HIV consegue suprimir naturalmente o vírus. Este género de imunidade constitui uma interrogação para os especialistas, incluindo Bruce Walker, director do Instituto Ragon no Hospital Geral de Massachusetts, no MIT e na Universidade de Harvard em Boston.

“Durante muito tempo temos tentado perceber como algumas pessoas infectadas com o HIV e que desenvolveram a SIDA num espaço de um ano, sobreviveram, algumas delas durante três décadas sem ficarem doentes, nem nunca terem tomado quaisquer medicamentos.”

Procurando uma explicação para o fenómeno, Walker e uma equipa de pesquisadores internacionais compararam o DNA dos chamados controladores de duas mil e 600 pessoas com a doença, tentando encontrar pistas entre os três mil milhões de genomas humanos.

Os cientistas encontraram pequenas diferenças em cinco amino ácidos numa proteína denominada de HLA-B, essencial para o funcionamento correcto das defesas do corpo.

Especialistas referem que ainda tem muito para compreender como as variantes do HLA-B funcionam para criar uma espécie de imunidade em alguns indivíduos infectados com o HIV.

“Trata-se de algo de encorajador pois quando produzimos vacinas, manipulamos o sistema imunitário. Por isso esperamos ser capazes de adoptar esta informação para sabermos quais as respostas imunitárias que são geradas”.

O resultado deste trabalho sobre o papel das variantes genéticas no HIV acaba de ser publicado na revista da especialidade Science.

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