As Nações Unidas foram criadas em 1945 na sequência da segunda guerra mundial num contexto geopolítico muito diferente daquele que existe no Mundo actual.
Foram mudanças substanciais aquelas a que o planeta assistiu nas últimas seis décadas: primeiro a divisão do Mundo em dois blocos, depois a queda da União Soviética e ultimamente a ascensão das chamadas potências emergentes tais como o Brasil, a China ou a Índia.
Enquanto isso as instituições da ONU pouco mudaram e são muitos os analistas que acham que as mesmas se encontram desfasadas da realidade actual e que necessitam de reformas.
Citam especialmente a necessidade do alargamento do Conselho de Segurança e a questão do direito de veto dos membros permanentes daquele organismo.
Tal é o caso do antigo embaixador português junta das Nações Unidas, António Monteiro que falou à "Voz da América" acerca dos novos desafios da ONU.
A sua opinião é partilhada pelo analista Vasco Martins do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança. Segundo ele para além do alargamento a questão do direito de veto dos membros permanente do Conselho de Segurança deve também ter prioridade no âmbito da reforma da ONU.
Amanhã, no prosseguimento da nossa série sobre o sexagésimo sexto aniversário da ONU falaremos sobre os denominados “países emergentes” e das suas reivindicações de um maior protagonismo no seio das Nações Unidas.
As instituições da ONU pouco mudaram nos últimos 66 anos e reflectem um contexto geopolítico desfasado da realidade actual.