Uma década depois do fim da guerra civil que culminou com o genocídio de 1994 no Ruanda, cidadão ruandeses refugiados em Moçambique, afastam a ideia de regressar ao seu país, apesar dos apelos nesse sentido.
Uma delegação do executivo de Kigali, chefiada pelo ministro da gestão de desastres e assuntos dos refugiados, Marcel Gatsinzi, esteve há dias em Moçambique para persuadir os seus compatriotas a regressarem à pátria.
Falando esta semana em conferência de imprensa, o director do Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados , Marcos Namashulua, disse que os refugiados não querem regressar a Ruanda, porque dizem não acreditar que a situação que os obrigou a abandonar o país tenha mudado.
Aqueles cidadãos não acreditam mesmo nas boas intenções do governo de Kigali.
O governo moçambicano diz que ainda não recebeu algum pedido oficial de Kigali para o repatriamento dos seus refugiados, garantindo que mesmo que este viesse, só serão repatriados aqueles que voluntariamente assim o desejarem.
Segundo dados oficiais estão em Moçambique 1242 refugiados ruandeses, dos quais, perto de 700 residem na cidade do Maputo e 450 no centro de Maratane, uma instituição sedeada na província de Nampula.
Cidadãos ruandeses refugiados em Moçambique afastam a ideia de regressar ao seu país apesar dos apelos nesse sentido.