Mikhail Neto, antigo íman de uma mesquita na Matola, considera-se pessoalmente ofendido pela intenção de um pastor evangélico americano queimar 200 exemplares do Alcorão.
Contudo, entrevistado por Ana Guedes, este activista muculmano desvaloriza o significado religioso do gesto. Sublinha que não é Deus que está no livro sagrado, mas apenas a sua palavra.
Sustenta, ainda, que o ataque a uma mesquita no Tennessee e a controvérsia em torno da construção de uma mesquita em Nova Iorque (perto do local onde as Torres Gémeas foram destruídas por terroristas islâmicos) criaram o ambiente propício para que o pastor evangélico se lembrasse de queimar o livro sagrado islâmico.
Apesar do pastor ter abandonado para já a ideia, as reacções continuam através do globo sobretudo no mundo islâmico. A Guiné Bissau não é excepção tal como nos refere desde Bissau, o nosso correspondente Lassana Cassama.