A coligação do candidato José Serra (PSDB) acusa o PT, partido do atual governo, de usar sua campanha para a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas a ele, entre eles o de sua filha, Verônica Serra.
Os dados de Verônica Serra teriam sido acessados em Setembro de 2009. A suspeita é de que a procuração autorizando a consulta das informações seja falsa e que, segundo o PSDB, teria sido forjada pela cúpula do PT. O Ministério da Fazenda alega que não houve irregularidades e que os dados de Verônica foram consultados por meio de uma requisição autorizada e assinada por ela.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o comando da Receita Federal suspeitou de fraude na violação do sigilo fiscal da filha de Serra, mas mesmo assim montou uma operação para abafar o escândalo e evitar impactos negativos na campanha de Dilma Rousseff.
Após o episódio, a coligação de José Serra entrou com uma representação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a cassação do registro da candidatura de Dilma. O pedido de investigação será analisado pelo corregedor-geral eleitoral, ministro Aldir Passarinho Júnior.
Em entrevista a um canal de TV Brasileiro, Dilma Rousseff defendeu uma apuração drástica da violação dos dados fiscais da filha de Serra e acusou o rival de agir com leviandade nas denúncias contra sua campanha.
A um mês das eleições
A candidata do PT a presidência da República, Dilma Rousseff, aparece na liderança da corrida presidencial com 24 pontos de diferença para seu principal adversário, José Serra, e venceria no primeiro turno se as eleições fossem hoje. Segundo pesquisa Ibope encomendada pelo jornal O Estado de São Paulo e pela Rede Globo, realizada entre os dias 23 e 28 de agosto, Dilma aparece com 51% das intenções de voto, contra 32% de José Serra e 7% de Marina Silva, candidata do PV.
(Com informações de O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, O Globo e Portal Terra)