O derrube do regime de Muammar Kadhafi parece ser iminente enquanto os rebeldes vão consolidando o cerco a capital Tripoli.
O aparente fim de um dos mais opressivos regimes ditatoriais do mundo árabe está a levantar uma onda de euforia. E isso acontece cinco meses depois de uma renhida luta contra as forças leais ao Coronel Muammar Kadhafi.
O presidente americano Barack Obama fez um intervalo durante as férias para anunciar a mudança.
“Está mais que claro, o regime de Kadhafi está a chegar ao fim, e o futuro da Líbia está mãos do seu povo.”
Os líbios foram inspirados pelas revoluções precedentes nos vizinhos Egipto e Tunísia. Mas as forças de Kadhafi contra-atacaram e os rebeldes tiveram que ser apoiados pela intervenção militar aérea da NATO.
O antigo conselheiro adjunto de segurança nacional, do presidente George W. Bush, Elliot Abrams, e actualmente membro da comissão das Relações Externas, diz que a ajuda internacional a rebelião chegou demasiado tarde.
“Penso que este resultado, a queda de Kadhafi, podia ter acontecido há meses.”
Ainda assim, vários desafios estão por enfrentar. Um deles é a lei e ordem.
Na cidade de Benghazi o presidente do Conselho Nacional de Transição, Mustafa Abdel Jalil, apelou a tolerância e contenção.
“Nós vos abraçamos e acreditamos que vocês são capazes em assumir a responsabilidade e a protecção das almas dos nossos irmãos, da vossa propriedade, das instituições públicas e dos locais estratégicos.”
Mustafa Jalil ameaçou demitir-se do cargo se os rebeldes não se submeterem ao comando do Conselho Nacional de Transição.