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Obama Apela Aos Democratas


Obama Apela Aos Democratas
Obama Apela Aos Democratas

Em pouco mais de três meses, os eleitores americanos vão votar em eleições intercalares para o Congresso que poderão ter um grande impacto na agenda política do presidente Barack Obama. Os Republicanos, na oposição, estão estimulados pelas eleições em Novembro e por previsões de analistas políticos que podem ganhar assentos suficientes para recuperar o controlo de uma ou ambas as Câmaras do Congresso.

Está previsto ser um ano duro para um Democrata. As sondagens de opinião pública sobre o presidente Obama continuam a descer e a maioria dos analistas políticos prevêem ganhos significativos dos Republicanos em Novembro no Senado e na Câmara dos Representantes.

Muitos Democratas liberais estão frustrados pelo facto das maiorias do partido em ambas as Câmaras do Congresso não terem feito mais para implementar totalmente a agenda de Obama.

Liberais que participaram num recente encontro em Las Vegas, como o senador Al Franken, do Minnesota, queixaram-se de que Democratas moderados e conservadores forçaram muitos compromissos sobre assuntos como saúde e mudanças climáticas e actuaram como uma espécie de travão político sobre a ambiciosa agenda por mudanças do presidente Obama.

O presidente Obama embora tenha reconhecido as frustrações dos liberais, apelou aos activistas a trabalharem arduamente para reeleger Democratas em Novembro.

“Para muitos americanos as mudanças não foram, de facto, suficientemente rápidas. Eu sei isso. Não foram suficientemente rápidas para mim também. E eu sei que elas não aconteceram para muitos de vós que lutaram tanto durante as eleições.”

Para além do clima político, os Democratas estão também a lutar contra a história este ano. O partido que controla a Casa Branca habitualmente perde lugares durante as eleições no primeiro mandato de um novo presidente, especialmente entre os 435 membros Câmara dos Representantes, que enfrenta eleições de dois em dois anos.

Os senadores são eleitos para mandatos de seis anos e cerca de um terço do Senado vai a eleições a cada dois anos. Este ano estão em jogo 36 lugares no Senado.

Analistas políticos dizem que um grande factor que reforça as boas perspectivas dos Republicanos este ano é a crescente preocupação sobre as despesas do governo e o seu envolvimento na economia, que tem ajudado a disparar o movimento conservador e libertário conhecido por Tea Party.

Para além de estar a ver diminuída a sua base de apoio entre eleitores democratas, o presidente Obama parece enfrentar um crescente desafio em manter o apoio de eleitores independentes que foram uma grande parte da sua vitória eleitoral há dois anos.

Peter Brown, da Universidade Quinnipiac, disse que alguns grupos chave de votantes parecem estar desiludidos com o presidente este ano.

“Votantes masculinos, independentes e brancos foram grupos que apoiaram em grande número o presidente Obama nas eleições de 2008, algo que os Democratas não tinham conseguido anteriormente entre aqueles grupos. Agora prevê-se que haja uma quebra de 30 por cento nas eleições em Novembro o que poderá ser problemático para o presidente.”

Os Republicanos prometeram fazer mudanças significativas se ganharem o controlo de ambas as Câmaras do Congresso. Os Republicanos precisam de ganhar 39 lugares na Câmara dos Representantes para retomarem o seu controlo e precisam de ganhar 10 lugares para recuperarem a maioria no Senado

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