China ajuda Moçambique no combate à pobreza
Moçambique vai beneficiar da ajuda da República Popular da China para a definição de novas fórmulas e políticas para combater a pobreza, que afecta mais do que a metade dos moçambicanos.
Com base nos acordos bilaterais de cooperação, os dois países lançaram nesta segunda-feira um Centro para a Cooperação na Redução da Pobreza, uma unidade cuja missão será a elaboração de pesquisas e recomendações de políticas para combater a pobreza.
“Com o apoio da companhia Kingho, uma empresa chinesa que tem participações aqui no país, o centro vai tratar de questões ligadas a investigação e pesquisa e propor medidas concretas para a redução da pobreza”, disse o Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, durante a cerimónia que marcou o lançamento do centro.
Nos últimos dez anos, o governo já implementou duas versões de estratégias de redução da pobreza, contudo, os resultados continuam a ser questionados.
É que apesar dos altos níveis de crescimento económico, considerados exemplares ao nível mundial, em muitos pontos do país ainda há pessoas com problemas de comida, habitação e assistência médica básica.
O Conselheiro do Estado da República Popular da China ao nível do Gabinete de Combate a Pobreza, Fan Xiaojian, disse que o seu país vai trazer a Moçambique, as experiências do seu país, baseadas nos resultados já alcançados, como resultado das estratégias e políticas para a redução da pobreza rural.
“Nós lutamos com uma dureza extraordinária e conseguimos encontrar um caminho para a redução da pobreza nas áreas rurais e é isso que queremos partilhar com Moçambique”, disse o representante do governo chinês, na abertura de um “Seminário sobre as Políticas de Redução da Pobreza em Moçambique e na China”.
A China tem sido o principal parceiro económico de Moçambique dos últimos anos, e só nos últimos dez dias já anunciou a disponibilização de créditos acima de dois milhões de dólares, maioritariamente, para financiamento de infra-estruturas.