Os municípios de Maputo e Matola vão partilhar os autocarros e encargos da empresa Transportes Públicos de Maputo, TPM, extinta esta semana pelo governo moçambicano.
Segundo o governo, a extinção da empresa TPM visa estabelecer condições legais para que os municípios de Maputo e da Matola possam exercer a responsabilidade de gestão dos transportes públicos no âmbito da estratégia para o desenvolvimento do sistema de transportes.
O Vice-Ministro da Justiça e porta-voz do governo, Alberto Nkutumula, disse que os ministros dos Transportes e Comunicações e das Finanças vão concluir o processo de extinção da empresa TPM.
“Há dívidas por pagar e outros assuntos relacionados com a empresa criada em 1996, através de um decreto ministerial”, disse Nkutumula.
O governo defende que em todo o mundo os transportes urbanos são criados e geridos por municípios e não pelo executivo central.
Na semana passada, os TPM receberam 72 novos autocarros adquiridos na China e há cerca de três semanas receberam outros 32 carros movidos a gás.
A imprensa reportou que os autocarros movidos a gás, adquiridos na Índia, foram vendidos ao governo por uma empresa do presidente Armando Guebuza.
Mas a maior preocupação dos futuros gestores dos TPM na Matola e Maputo é a dívida acumulada pela empresa ora extinta. Alguns analistas consideram que esta é uma prenda envenenada para os dois municípios.