Está em curso em Viena, Áustria, a décima oitava conferência internacional da SIDA – uma iniciativa das Nações Unidas que tem este ano como objectivo simplificar o tratamento da SIDA para que mais pessoas possam dele beneficiar.
Trinta anos depois de se começar a falar da epidemia da SIDA, cientistas e peritos continuam a procurar uma cura e uma vacina para o vírus HIV, responsável pela SIDA. Até que sejam encontrados, tratamento e prevenção do HIV continuam a ser as melhores armas para combater o vírus, e estão no centro dos debates na conferência.
O director executivo da ONUSIDA, Michele Sidebe, lançou uma nova iniciativa “Tratamento 2.0” destinada a simplificar a forma de dispensar tratamento do HIV e para alargar o acesso aos medicamentos, levando à diminuição dos custos de tratamento e medicamentos, e simplificando o regime de produção dos medicamentos.
Sidebe afirma ser importante os objectivos da iniciativa porque em alguns países as pessoas estão a perdem a esperança.
“A iniciativa destina-se a recriar a esperança, precisamos de simplificar o tratamento, precisamos de ter medicamentos que sejam administrados de forma simples, precisamos que as comunidades tenham um papel no tratamento e administração dos medicamentos, temos que garantir que as comunidades têm acesso aos diagnósticos que não sejam dispendiosos. “
O presidente da conferência e presidente da Sociedade Internacional da SIDA, Julio Montaner, diz que a iniciativa “Tratamento 2.0” é importante pois os estudos mostram que um maior número de pessoas em tratamento significa menos infecções.
“É este o caminho em frente, até termos uma cura, até termos uma vacina – o que poderá ser daqui a décadas – temos uma nova forma de revolucionar a forma como enfrentamos o HIV, e que se chama Tratamento 2.0.”
A ONUSIDA indica que comparado com actuais formas de tratamento, esta nova iniciativa poderá evitar 10 milhões de mortes até ao ano de 2025.
Os delegados presentes na conferência, que decorre esta semana em Viena, Áustria, vão ainda ser informados sobre avanços na prevenção de infecções do HIV e discutir formas de proteger os direitos humanos das pessoas infectadas.