Dlamini-Zuma vai chefiar UA
A ministra do interior da África do Sul Nkosazana Dlamini Zuma foi eleita presidente da União Africana derrotando o actual presidente Jean Ping do Gabão.
A ministra sul-africana foi eleita á quarta ronda da votação com 37 votos de dirigentes africanos numa votação secreta na sede da União Africana.
Em Janeiro na Última cimeira da União Africana nenhum dos dois candidatos – Dlamini Zuma e Jean Ping - recebeu os votos necessários para ser eleito. Desde então a África do sul tem estado envolvida numa intensa campanha diplomática para garantir a eleição de Dlamini Zuma.
Ela será a primeira mulher a chefiar a União Africana e a primeira sul africana.
A sua eleição foi de certo modo controversa. Antes desta votação havia uma tradição ou um acordo de cavalheiros pelo qual o dirigente da União Africana não seria proveniente de um dos grandes países africanos. A candidatura de Dlamini Zuma além de teoricamente violar esse acordo de cavalheiros trouxe também ao de cima rivalidades entre países anglófonos e francófonos e também rivalidade entre a África austral e ocidental.
Dlamini Zuma disse não ver qualquer problema com a sua eleição, afirmando não considerar a sua escolha como divisionista.
“Não vejo qualquer ligação entre a minha pessoa que quer fazer uma contribuição para esta organização e o tamanho do mau país. Não vejo qual seja a ligação,” disse ela
Dlamini Zuma vai assumir a presidência da União africana quando esta organização faz face a várias crises incluindo uma revolta islâmica no norte do Mali e uma rebelião na parte leste do Congo.
O jornalista António Pina, sediado em Johannesburg, disse à Voz da América que a eleição de Dlamini Zuma pode ser vista como uma vitória do presidente Jacob Zuma que irá usar esta escolha como uma vitória de prestígio do seu governo quando o ANC votar uma nova liderança no final do ano.
Pina manifestou dúvidas contudo que Dlamini Zuma possa imprimir à União Africana um modo diferente de actuar.
Ouça um trabalho sobre a eleição de Dlamini Zuma com a a entrevista de Antonio Pina
Era antonio Pina correspondente da agencia de noticias portuguesa lusa em Johannesburg