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Corte da notação da dívida portuguesa criticado pela União Europeia


Corte da notação da dívida portuguesa criticado pela União Europeia
Corte da notação da dívida portuguesa criticado pela União Europeia

ONU pede o fim das agências de notação

A agência de notação Moody reduziu para lixo a divida de Portugal, aumentando a pressão sobre os governos da zona euro.

O presidente da Comissão Europeia Durão Barroso lamentou a decisão da Moody’s de cortar a cotação de Portugal por não existirem factos novos que o justifiquem e incentivou Lisboa a prosseguir as reformas negociadas com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional.

Durão Barroso revelou que a Comissão Europeia ficou bastante desiludida com a decisão da Moody’s.

O presidente da Comissão Europeia recordou que as reformas que estão a ser feitas foram acordadas com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional com o apoio unânime dos países da zona euro.

A agência de notação financeira Moody’s cortou em quatro níveis o rating de Portugal de Baa1 para Ba2, colocando a dívida do país na categoria de lixo.

A Moody’s argumenta que existe o risco crescente de Portugal precisar de um segundo pacote de empréstimos internacionais antes de conseguir regressar aos mercados no segundo semestre de 2013.

Referiu existir a possibilidade crescente de a participação dos investidores privados ser imposta como pré-condição para um segundo resgate, à semelhança do que está a ser estudado no âmbito de um segundo pacote de ajuda à Grécia.

Um terceiro argumento utilizado pela Moody’s prende-se com o agravamento dos receios de que Portugal não seja capaz de cumprir a totalidade das metas de redução do défice e da dívida acordadas com a União Europeia e com o Fundo Monetário Internacional, no âmbito do empréstimo concedido.

O director da Agência das Nações Unidas para o Comércio Mundial e o Desenvolvimento, Heiner Flassbeck, exigiu a extinção das agências de rating, em declarações a uma televisão alemã.

Na opinião do ex-secretário de Estado das Finanças alemão, as agências de rating pelo menos deviam limitar-se a avaliar empresas, e não deviam poder avaliar Estados, que são uma matéria muito complexa, em que elas ignoram frequentemente muitos aspectos positivos.

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