Numa altura em que a campanha eleitoral de 2012 começa a dar os seus primeiros passos, poderosos Comités de Acção Política, conhecidos por PACs, e outros grupos independentes posicionam-se para gastar mais dinheiro do que nunca para influenciar as eleições federais.
A ascensão desses grupos independentes, que podem angariar quantidades ilimitadas de dinheiro de corporações, sindicatos e outros doadores ricos e gasta-las para ajudar os seus candidatos favoritos, poderá definir a campanha de 2012.
Mas alguns desses grupos podem também colocar uma ameaça as campanhas estabelecidas, que poderão encontrar dificultadas em evitar que transmitam mensagens ou utilizem estratégicas políticas menos claras.
Dezenas de super PAC’s e grupos não lucrativos surgiram no ano passado em resposta a decisões judiciais que revogaram muitos dos antigos regulamentos que presidiam as eleições federais, incluindo uma proibição centenária de gastos políticos por corporações.
Em resultado disso, novos grupos independentes desempenharam um papel crucial nas eleições intercalares de 2010 e espera-se que sejam mais dominantes em 2012. A Comissão Federal Eleitoral reforçou o papel desses grupos na semana passada ao autorizar candidatos políticos a ajudarem a angariar dinheiro para as super PAC’s, embora continuem impedidos de coordenar estratégias de campanha.
O Instituto Financeiro de Campanha, que fiscaliza os dinheiros na política, calculou num recente estudo que grupos independentes gastaram perto de 300 milhões de dólares nas eleições de 2010. Mais do dobro gasto em 2008.
Mas ainda não é claro se as agendas políticas de grupos independentes se casam com as dos candidatos, que trabalham cuidadosamente para elaborarem as suas próprias mensagens. O presidente Obama desencorajou a formação desses grupos em 2008 por essa razão, mas afirmou que desta vez não se vai opor a eles.
O porta-voz da campanha eleitoral de Barack Obama, Ben LaBolt, disse que nem o presidente nem o pessoal da sua campanha serão financiados por super PAC’s. “A nossa campanha continuara ser feita de acordo com os parâmetros da transparência e reformas políticas”, acrescentou.