Na Nigéria, as forças de segurança revelaram ter procedido à detenção de mais de uma centena de dissidentes relacionados com uma série de atentados bombistas.
As autoridades sublinham estar a trabalhar no sentido de diminuir a crise através da sensibilização.
A porta-voz do serviço de segurança do Estado Marilyn Ogar afirma terem sido detidas mais de uma centena de comandantes de células e dissidentes nos estados de Bauchi, Borno, Kaduna, Kano, Yobe e Adamawa.
Ogar referiu que por razões estratégicas e operacionais a identidade dos detidos permanece classificada, enquanto decorre o processo de des radicalização, e a tentar obter a sua confiança para serem reintegrados na sociedade.
As detenções seguiram-se aos atentados bombistas na cidade de Maiduguri nas últimas duas semanas que mataram mais de trinta pessoas. Ninguém reivindicou a responsabilidade mas o grupo militante islâmico Boko Haram é suspeito da autoria dos ataques.
Ogar sublinhou que nenhum dos detidos ainda foi formalmente acusado pelo que denominou de política de dissuasão do presidente Goodluck Jonathan contra a violência.
Sendo nigerianos, e por razões que ignoramos, saíram das regras. Temos de convence-los a regressar à normalidade, sublinhou a porta-voz.
O Boko Haram tem recusado a oferta do presidente Jonathan de conversações, sustentando que não pode negociar enquanto as forças de segurança tentam destrui-los.
O grupo islâmico não reconhece nem a constituição nigeriana, nem o governo federal de Abuja, insistindo lutar pela criação de uma nação independente de lei Islâmica.
O grupo desencadeou, em 2009, uma campanha de violência através da maior parte do norte da Nigéria, que foi reprimida por uma operação militar que custou a vida a mais de oitocentas pessoas, incluindo o líder do Boko Haram Mohammed Yusuf.