A expansão da China através do mundo tem motivado críticas pelo modo como Pequim, na sua busca de recursos energéticos e matérias primas, tem ignorado violações de direitos humanos e a repressão de alguns dos regimes com quem negocia.
As ligações da China com regimes africanos como o do presidente Robert Mugabe do Zimbabwe são alvo de crescentes críticas por parte de activistas de direitos humanos.
Mas tal como em África ou em outras partes do Mundo a China procura na Ásia recursos e também estender a sua influência política e estratégica.
Na Ásia a China preencheu por exemplo o vácuo diplomático e económico na Birmânia e Coreia do Norte.
A China esta a construir varias barragens hidroeléctricas no norte da Birmânia que serão usados para alimentar com energia algumas das suas cidades no sul do país onde se regista um enorme crescimento económico. A China explora também gás ao largo da costa da Birmânia.
Ernest Bower, director do programa do sudeste asiático do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais disse que “os chineses estão muito concentrados em assegurar recursos energéticos a longo prazo e a Birmânia fornece isso porque tem reservas de imensas de gás natural, algum petróleo e ao largo da costa não se sabe qual o nível das suas reservas”.
Por seu turno Marcus Noland do Instituto Peterson para a Economia Internacional disse que embora haja na China vários pontos de vista sobre a Coreia do Norte a opinião dominadora é que o governo da Coreia do Norte é um peão muito útil.
“A Coreia do Norte coopera entre outros com o Paquistão e o Irão em tecnologia de mísseis e nuclear e isso dá oportunidade à China de irritar os seus rivais, os Estados Unidos e a India, em termos de rivalidade geopolítica, mantendo ao mesmo tempo a possibilidade de negar qualquer envolvimento na questão.
Mas Ernest Bower disse que esta política tem também o risco de ser contra-producente para a China na região.