Polícia dispersa manifestação a tiro
A polícia angolana fez hoje uso de armas de fogo para dispersar desmobilizados das forças armadas que pretendiam marchar até à presidência da república para exigir pagamento das suas reformas.
Há notícias não confirmadas que duas pessoas teriam sido mortas no tiroteio e outras ficado feridas.
Várias fontes dão conta de pelo menos três feridos.
Um dos manifestantes que por razões óbvias não quis ser identificado disse à Voz da América que o tiroteio ocorreu quando os manifestantes pretendiam marchar até ao palácio da presidência para fazerem ouvir as suas reivindicações.
Os desmobilizados queixam-se de não terem os documentos necessários para poderem receber as suas pensões de reforma enquanto os que têm esses documentos e mesmo conta bancária não recebem os pagamentos devidos.
Depois dos manifestantes terem sido dispersos grupos de desmobilizados dirigiram-se para as embaixadas dos Estados Unidos e França onde as autoridades usaram gás lacrimogéneo para os dispersar.
Interrogado pela razão da marcha em direcção a essas embaixadas o manifestante disse que era sua intensão fazer ouvir as suas reivindicações.
“Aqui em Angola nada é noticiado. O Jornal de Angola não diz o que se passa,” disse.
A conversa como vão ouvir teve que ser interrompida várias vezes devido a patrulhas policiais que tentavam impedir conversas telefónicas e procuravam os manifestantes
O jornalista Coque Mukuta confirmou que os ex-militares se movimentavam em direcção ao palácio presidencial e recordou que na Quinta-feira passada já se tinha realizado uma manifestação em frente ao ministério da defesa para exigir o pagamento das suas pensões.
Uma comissão tinha sido formada para tentar resolver a questão mas não tinha produzido quaisquer resultados.
O manifestante entrevistado pela Voz da América disse que as manifestações não vão parar.
Segundo informação divulgada pela TPA no Jornal da Noite, o governo terá começado a pagar as pensões aos ex-militares.
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