No Iémen confrontos entre forças de segurança e militantes islamistas saldaram na morte de pelo menos 19 pessoas.
A cidade de Zinjibar no sul do país foi o principal palco dos incidentes desta Terça-feira com o registo de 15 mortos.
Os confrontos de hoje entre as forças de segurança iemenitas e militantes islâmicos fizeram acentuar ainda mais os apelos e protestos a favor da resignação do presidente Ali Abdullah Saleh. Os opositores de Saleh querem que ele aceite a proposta do acordo de paz do Conselho de Cooperação do Golfo que entre outros deverá por termo aos 33 anos de mandato do presidente.
Os Estados Unidos já fizeram saber que uma transição imediata é no melhor interesse do povo do Iémen.
Em Zinjibar uma cidade do sul país e controlada há uma semana por militantes islâmicos, os confrontos com as forças de segurança provocaram a morte de 15 pessoas.
Houve também relatos de novos embates em Taiz, a segunda maior cidade iemenita. Testemunhas disseram ter ouvido várias explosões e estrondos de armas pesadas enquanto as forças armadas atacavam posições de homens armados. Foram registadas quatro vítimas mortais nos confrontos.
Ao todo são 9 militares e 6 homens armados mortos durante os confrontos da madrugada. A cidade de Zinjibar na província de Abyane é descrita como zona onda a al-Qaida está fortemente implantada.
O presidente Ali Abdullah Saleh encontra-se desde o fim-de-semana em tratamento na Arábia Saudita depois de ter sido ferido num ataque contra o palácio presidencial.
O vice-presidente Abd al-Rab Mansur Hadi que está interinamente no cargo é citado como tendo dito que o presidente Saleh tem estado a recuperar-se muito bem, e deverá regressar ao país dentro de dias. Contudo tem havido notícias de que o governo poderá impedir o seu regresso.
Cerca de 400 pessoas foram mortas desde a erupção de protestos populares contra o governo do presidente Saleh em Janeiro.