Isenções incrementam comércio com África
A capital americana acolhe de 14 a 15 deste mês a décima primeira edição do Fórum Económico e Comercial Estados Unidos-África, conhecido pela sigla AGOA.
Em destaque estará a prorrogação do acordo sobre a importação de têxteis do continente africano que deverá caducar em Setembro próximo.
Nos termos do acordo AGOA firmado no ano 2000 entre os Estados Unidos e 38 países da África subsaariana, muitos produtos têxteis africanos estão isentos de impostos.
Contudo a cláusula sobre as isenções aduaneiras à importação de têxteis de países terceiros, TFC, está prestes a caducar.
Em declarações à VOA, Somduth Soborun o embaixador das Ilhas Maurícias em Washington que chefia a comissão económica dos embaixadores africanos, afirmou que os países produtores de têxteis estão preocupados com essa questão.
De facto, até este momento, o Congresso americano ainda não encetou o processo de prorrogação daquela cláusula.
A aprovação da legislação há 12 anos atrás teve um impacto importante no aumento das exportações da África subsaariana para os Estados Unidos.
De acordo com o governo americano as importações no âmbito do AGOA totalizaram 44 mil milhões de dólares em 2010, ou seja 5 vezes mais do que em 2001.
Entre outros privilégios aqueles 38 países africanos podem exportar uma gama específica de produtos têxteis para os Estados Unidos sem taxas aduaneiras.
Segundo o embaixador Soburun, os países africanos estão bastante preocupados com a inacção do Congresso americano a este respeito.
Soburun afirmou à VOA que a incerteza em redor da questão já está a causar problemas aos comerciantes e muitos fabricantes africanos já estão a perder encomendas dos seus clientes americanos.
Numa declaração no mês passado, a administração Obama afirmou que a aprovação rápida da cláusula TFC da AGOA é fundamental para o sucesso do programa.
A declaração salientava que, no passado, o Congresso prorrogou a isenção aduaneira por duas vezes com apoio bipartidário.
O Fórum AGOA, programado para 14 e 15 de Junho aqui em Washington, contará com a participação de mais de seiscentas entidades oficiais americanas e africanas, assim como representantes do sector privado.