Polémica em redor da Sojogo
Continua a polémica em torno da actuação da Sojogo, a maior sociedade gestora de jogos de sorte e azar em Moçambique.
Depois do barulho levantado há cerca de um mês, quando um apostador surgiu a reclamar prémio de uma matriz, a Sojogo continua a recusar proceder ao pagamento, alegando que a matriz em causa não consta dos microfilmes, registos que validam os boletins.
Enquanto continua o braço de ferro entre a sociedade e o alegado vencedor, os apostadores continuam divididos sobre os culpados por detrás da polémica.
Alguns expressaram a opinião de uma conspiração dentro da própria Sojogo para negar prémios aos vencedores. “Isto é um jogo lá dentro que eles conhecem,” disse uma cidadãos interpelado pela Voz da America.
Outros consideraram no entanto que a culpa é do agente que deveria ser obrigado a pagar o prémio.
Este é um caso inédito de que há memória envolvendo a Sojogo. Mas depois do surgimento do primeiro caso, outros vêm surgindo e, com maior ou menor valor do prémio, reclamam a actuação da Sociedade.
Um apostador disse que tinha desistido de reivindicar o seu prémio – que disse ser pequeno - devido aos obstáculos que teve que enfrentar.
“Uns dias diziam-me volte cá amanhã; outros dias diziam-me tem que preencher um documento ou outro pelo que rasguei a minha aposta,” disse.
Numa ronda a algumas casas credenciadas para agenciamento das apostas, a reportagem da Voz da América constatou que alguns já sentem o desaparecimento de apostadores, facto que é aliado à recente polémica.
Polémicas à parte, a maioria dos apostadores já de longa data, dizem que o vício do jogo fala mais alto e não será pelos recentes casos que deixarão de deitar o seu dinheiro nas apostas do jogo.
Um deles disse que o jogo é como vício no tabaco.
“É como o cigarro. Não se pode ficar sem um cigarro mais de uma semana porque se começa logo a dizer: Esta talvez fosse a minha semana,” disse