Reposição do poder de compra
Na cidade da Praia, calcula-se que tenham comparecido à manifestação convocada pelas duas Centrais sindicais, cerca de 6 mil trabalhadores.
São trabalhadores da capital e alguns que se deslocaram dos concelhos do interior da ilha de Santiago, a maior do arquipélago, que marcharam de forma pacífica pela avenida Cidade de Lisboa, empunhando cartazes com frases como: queremos a reposição do poder de compra; aumento salarial é um direito dos trabalhadores; Sr. Primeiro-ministro cumpra o que prometeu atribuindo o décimo terceiro mês, entre outros dizeres.
Segundo informações vindas de São Vicente, houve boa aderência de pessoas, enquanto nas outras ilhas do país, a afluência foi em menos número.
Os dirigentes da União dos Trabalhadores de Cabo Verde Central Sindical, Júlio Ascensão Silva e da União dos Sindicatos Livres, José Manuel Vaz, na mensagem dirigida aos presentes no largo do estádio da Várzea, disseram que o pontapé de saída para a luta dos trabalhadores está dado, esperando que o Governo leve isso em linha de conta, e resolva um conjunto de questões laborais.
Os dirigentes da UNTCS e da CCSL afirmaram continuar totalmente abertos ao diálogo, mas vão dizendo que a bola está no campo do Governo, de quem esperam uma nova atitude e disponibilidade para discutir com os sindicatos de forma transparente, visando a resolução de vários problemas que afectam os trabalhadores do arquipélago.
Resta saber qual será a posição do executivo cabo-verdiano depois da manifestação realizada hoje, 1º de Junho, já que o primeiro-ministro tinha afirmado não haver razões para a realização de uma manifestação nesta altura, tendo em conta que a situação laboral no arquipélago não é má.